12 julho 2011

Ele é o Méssimo!

Eu acho que, por ser velho, sou mais crítico com relação aos jogadores de futebol atuais. Mas, e a meu favor, sendo, não sou intransigente. Minhas observações ácidas se valem de estatísticas.

Vejamos do que falo.

Cantam em prosa e verso - principalmente a imprensa esportiva e, de resto, o mundo todo -, a genialidade de Messi, o jovem jogador argentino que defende as cores do Barcelona.
É um bom jogador, não nego; mas somente isto.

Hoje, doze horas após o jogo de Argentina e Costa Rica pela Copa América, Messi correu feito um energúmeno, deu passes como ninguém, mas não fez sequer um gol. Aliás, nesta copa, não fez nenhum.
Para não dizer que sou perseguidor à toa, lembre-se que, na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, também não fez nenhum.

O que entendo disto é que sem Xavi e Iniesta do Barcelona, Messi não consegue produzir gols, e aqueles não são argentinos.
Então, a tal genialidade de Messi tem seis pernas, e apenas no clube.
Na Copa do Mundo e nesta Copa América, tem apenas duas e não tem bastado.
São pernas amputadas de um sansão prateado.

Fenômeno muito parecido temos cá em nossas províncias. O grande fenômeno da mídia esportiva, principalmente a paulista, é o atacante do Santos, Neymar.
Para mim, menor que Messi na capacidade objetiva que um bom jogador precisa ter. É o Grande Firulador atual.

Há muitos anos havia um jogador do Fluminense, o Cafuringa que, quando pegava a bola na ponta-direita, fazia um carnaval na defesa adversária, dava bailes e mais bailes nos zagueiros, para não fazer gol nenhum. Virou motivo de chacota dos próprios torcedores tricolores, após tantos e tantos jogos sem marcar nenhum tento.

Mais recentemente, tivemos outro firuleiro juramentado: Denílson.
Como o anterior, impressionou durante um tempo, chegou à Seleção Brasileira. Não durou muito, reconheceram sua inutilidade.
Agora é comediante na TV Bandeirantes. Isto é, não mudou de profissão.

Mais recentemente ainda, a imprensa paulista produziu outro Pelé midiático: Robinho.
De concreto, de jogada marcante, após dez anos de profissão, todos os seus admiradores se prendem no drible que ele deu no Rogério, lateral-direito do Corinthians, num jogo contra o Santos pelo campeonato paulista. Isto bastou para que a imprensa o elegesse o novo Edson Arantes e ele foi para a Seleção, de onde não mais saiu.
De outro lance? Ninguém se lembra.

Há poucos meses, Juca Kfouri, outro defensor dos grandes feitos robiáticos, reconheceu que Robinho não era aquilo que se pensava dele. Mas foi o único. Os outros, parece, continuam acreditando no grande passista, par de uma porta-estandarte imaginária, especialista em volteios.

Veja, meu amigo, como firula é sinal de distinção para nossos torcedores e profissionais da mídia.

Neymar, por seu turno, recebeu a faixa de Grande Firulador. Tem gostado disto e a mídia, sua criadora, ambém. Não poderia fazer diferente.
Igual a Messi, corre feito o capeta, mas é inútil. Faz gols óbvios, quando a bola sobra pererecando a sua frente.
É um bom jogador? É. E daí?
Daí que, daqui a alguns anos, vão dizer: é... Neymar não é isto tudo que pensávamos...

Mas, voltando ao início, eu posso falar por estatísticas. Ninguém desta geração, desde 1970 para cá, presenciou, foi contemporâneo como eu fui, do que é jogar futebol como Pelé, Zico, Gérson, Rivelino e Maradona.
Alguns pegaram o tempo de Edmundo e Romário, que, diante daqueles, não foram tão excepcionais assim.

Na entressafra, à falta de faisão, come-se gafanhoto e se acha uma delícia. Ou fabrica-se o que comer para ter do que falar à mesa.

Nenhum comentário: