31 outubro 2008

Enrico Caruso

Tinha ouvido falar de Enrico Caruso. O tenor que quebrava, segundo a lenda, cristais com sua emissão vocal.
O mais famoso cantor de ópera do mundo, que morreu na primeira metade do Século XX.

Imaginava uma voz forte, grossa, tipo Jorge Goulart de minhas memórias meninas, mas não é nada disto.

Ouça que leveza:

Discover Enrico Caruso!

Dire Straits

Gosto deles.
O som, inconfundível, repousa a gente em muitas músicas.


Discover Dire Straits!



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29 outubro 2008

Geração da Esperança



A esperança é forte quando as tristezas, os desânimos também são.

É um antídoto contra a auto-estima esquálida, ou pelo menos tenta ser.

Tenho esperança de dias melhores para o nosso Brasil, mas a imprensa não colabora muito.

A dualidade homem vs. meio jamais será resolvida, pois não existe mundo sem os homens, assim como não há homens sem o mundo, entendendo-se como mundo a humanidade.
Quem faz o homem é a sociedade em que vive, ou é a sociedade que determina como o homem será?

Claro é que, embora sem solução, encontra-se a resposta justamente na ambiguidade, pois não há como dissociar-se ambos.

A uma ação corresponde uma reação, ensina Newton, e isto também vale para a humanidade.

Olhando o jornal O Globo on line de hoje, num pequeno retângulo escolhido a esmo da primeira página, só notícias ruins.

Todos sabemos que os jornais não trazem notícias de boa perspectiva, pois só notícia ruim vende.

Se os jornais vivem de propaganda, se o que estampam comercialmente vende sempre - segundo eles mesmos dizem para atrair patrocinadores -, então notícias de crimes e maldades também deverão se disseminar assim.

18 outubro 2008

A Dignidade dos Bolsos

Possivelmente você diria que os bolsos são ornamentos dispensáveis do vestuário, ou que servem apenas para livrar as mãos da dificuldade de agir enquanto cheias. Quem sabe tão-somente um lugar geométrico da indumentária para ocultar coisas dos olhos de pessoas curiosas ou mal intencionadas.

Diria que não.

Ao mesmo tempo que servem aos motivos práticos de transporte de pequenas coisas, têm sua função moral. Eleva ou rebaixa a dignidade das pessoas.

Faz parte de um código social silencioso, mas não por isto desprezível.

Um bolso - ou vários -, caracteriza uma pessoa amigável, que guarda as coisas, que tem compromisso; se ausente, insinua indiferença, sugere falta de verdeira amizade. Parece-nos que tal pessoa não se lembrará de nós assim que virarmos a esquina, que nada lhe apega ao corpo.
Parênteses: excesso de bolsos também traz a desconfiança: aquele sujeito tem a avareza, quer carregar o mundo consigo; nada para os outros...

Um bolso é coisa séria.

Veja como é reprovável o ato de nele enfiarmos a mão, quando nos quedamos incomodados com alguém. Torna-se, neste caso, um receptáculo de maus sentimentos, ocultando as mãos que tudo falam.

Um bolso diz tudo, e sua ausência a expressão moral amordaçada.

Tudo isto para dizer que detesto a vulgaridade de uma calça jeans feminina sem os bolsos atrás.