12 agosto 2010

Coisas que nos escapam

- A mulher - digo para todos - é o ser mais importante do mundo!

E isto cai como uma grande novidade, quando não deveria ser.

Não que sejam apenas os homens a me olhar incrédulos, como se eu estivesse dizendo a maior das asneiras, heresia, inverdade: as mulheres também o fazem, possivelmente surpresas por alguém pensar assim, pois na grande maioria das vezes lhes é ensinado que mulher - ser inferior, fraco e tolo - deve andar dois passos atrás do homem.

Pena; por todos.

Já pararam para pensar, caros homens e mulheres, que só existe adjetivo para distinguir um homem rude de um outro de maneiras nobres?
Claro, é costume encontrarem-se homens rudes.
Na língua francesa, temos gentilhomme; em inglês gentleman; em português cavalheiro, fidalgo. Certamente, em outras línguas não citadas também poderemos encontrar sinônimos.

Agora, diga-me se existe isto para qualificar uma mulher como, por exemplo, cavalheira? Há? Não há.
Se você retrucar que existe gentil-dona, está enganado: isto é um título nobiliárquico, algo que se diz que uma mulher é tão fina que só pode ser nobre, nada mais que um rótulo da nobreza política.

Sabe por que não existe? Por serem, naturalmente, pessoas dóceis.

Bem, pelo menos em essência. E se conhecemos mulheres que não valham muito neste conceito - relhes, vis, baixas, perdidas... - perdão, a culpa não é minha.