17 agosto 2011

Perplexos

O senador José Pimentel, do PT, disse sutilmente, por outras palavras e segundo os jornais - ao lembrar o episódio da renúncia de Jânio Quadros que proporcionou mecanismos e desculpas para o golpe de 64 -, que o combate à corrupção poderia levar o país à ditadura.

Discurso deste jaez será típico a um desesperado, ao ver a marola da insatisfação coletiva - antes na planta dos pés de muitos políticos - subir-lhe ao joelho e ameçar correr ao pescoço.

As ações que se seguem às idéias é que podem ser nefastas, mas jamais as próprias em si mesmas. E, ao contrário do pensa o ilustre senador, a força do povo é muito maior do que qualquer ditadura, basta claramente ser contrária a ela.

Este meu artigo pega uma carona no de Miriam Leitão  e complemento o pensamento dela dizendo que os partidos realmente não ficarão contra Dilma, se ela realmente fizer força contra a corrupção de maneira eficaz, uma vez que político é como biruta de aeroporto - que não tem ideologia, a não ser a de seguir os ventos. Se o combate cair no gosto do povo, já, já os integrantes dos partidos, para ficarem bem 'na fita', vão começar a queimar seus próprios correligionários, expulsando e delatando antigos companheiros de jornada prevaricadora.

E o povo já teve a ditadura e sabe muito bem como ela é, pois os corruptos de hoje, o cala-a-boca-senão-te-arrebento e o sabe-com-quem-está-falando-? nasceram justamente lá.

E se o movimento é tímido, apenas uma ondinha, é porque não se tem, no tempo da UDN, um Carlos Lacerda para dar direção e voz firme à insatisfação.