Acabou de passar um entrevista com o médico legista Sanguinetti, confrontando, detalhando e desautorizando o laudo sobre a morte da pequena Isabella Nardoni.
Triste Brasil.
Cada vez que, na mídia, surge um episódio que atraia a atenção de muitos, não faltam pessoas sob holofotes para colecionar seus minutos, dias, de glória a qualquer custo.
Assim vai a ação do sr. Promotor do caso Isabella, que, ao divulgar suas opiniões antes do julgamento, trouxe a sensação de pecar contra a ética, ao discorrer sobre pontos obscuros sobre os quais nitidamente não tinha convicção.
Assim se comporta, no mesmo tom, o 'perito independente', que tece com a segurança dos inconseqüentes outras opiniões, sem ter participado de necrópsias, criando um cenário definitivo que também só posteriormente será ou não verdade.
Todos trabalham para tecnicamente acusar ou livrar os réus.
Isabella, como pessoa, já não tem importância: é apenas um pequeno cadáver, uma página virada no livro da vida esquecida.
Além dela, que jaz esquecida no cemitério, infinitamente indefesa, roubada em sua dignidade, perdemos também a nossa no desenrolar deste triste episódio de vaidades afloradas.
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