Com a morte da menina Isabella, morreram também várias famílias.
Potencialmente, a própria, futura: impediram-na de um dia ser mamãe.
Morreu a da mãe da Isabella; morreu a dos avós, dos dois lados da menina; e morreu a do pai e da madastra.
Morre, diariamente, por mãos de assaltantes, várias outras famílias, 'sem importância', sem dinheiro, anônimas.
Por balas perdidas e pela ação policial, outras mais, igualmente desconhecidas, a não ser dos números estatísticos, que ninguém vê.
Vicejam os crimes do colarinho branco e, com eles, a ineficácia das punições.
Cresce a impunidade, onde estranhamente réus são condenados à pena máxima e, sob recurso, liberados.
Cresce o PIB, em taxa modesta; cresce o lucro dos bancos.
Mas o que mais cresce neste país são os cemitérios e não só de corpos físicos, mas de pequenas e constantes porções da Esperança.
Mas ainda a temos. Tem sete vidas, ou mais.
Nada dura para sempre. Nem uma histórica indiferença do estado pelo cidadão comum.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário