08 maio 2008

PANO! RÁPIDO!

Na ida à Comissão de Infra-estrutura do Senado, a Ministra Dilma Roussef seria alvo prévio de saias-justas; contra ela.

O que se viu, entretanto, foi uma ilusória batalha ganha pela convidada; mais pela indigência de idéias por parte daqueles que desejavam sabatiná-la do que pelos méritos técnicos da ministra. Ilusória, sim, pois a tão propalada volta por cima dada por Dilma não teve consistência alguma. Era apenas a leitura de relatórios de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC.

A infeliz alusão a mentiras ditas por ela enquanto torturada no regime militar, feita pelo senador Agripino Maia com o intuito de encostá-la na parede sob a alegação de que tal procedimento ela não deveria ter ali na Comissão, foi um sinal claro despreparo do parlamentar.

A cada dia, reforça-se o sentimento no eleitorado que no Brasil não existe ideologia.
É o poder pelo poder. Não há argumentos, não há controvérsias que sejam baseadas em dados irrefutáveis. Fala-se. Dá-se bom-dia a cavalos.

Havendo uma câmera, um microfone, usa-se o espaço de tempo como palanque, não se importando com o que será dito.

O senador Agripino Maia gosta das frases longas, da pronúncia bem articulada, que não fazem eco, pois o alvo é o seu próprio 'eu' que, por ser rarefeito na sua essência, não repercute para bons ouvintes.

Doravante, se tiver mesmo sabedoria política, não será tão leviano. Espero. Para bem que uma verdadeira oposição faria ao cenário político.

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