A política nacional, nos últimos bons tempos, passa por um fenômeno estranho: o do implodimento, o da autodestruição de sua razão de ser.
Amiúde, a oposição se liga aos que estão no poder, a seus adversários, enfraquecendo-se; os membros de partidos, contra a orientação de seus pares, fazem alianças externas a sua 'ideologia', numa corrida insana ao poder pelo poder.
A confusão é geral, tanto no plano dos estados quanto na direção da capital da República.
Atônitos, os eleitores não enxergam programas de governo, aperfeiçoamentos filosóficos, mas apenas presenciam lutas de cunho imediatista, pecuniário e/ou midiático.
Resta-lhes torcer para uma agremiação qualquer, a molde de um time de futebol, por hábito, por paixão, sem mesmo saber sobre o que aspiram na representatividade escolhida.
Não é só o custo de vida que corrói o salário do trabalhador, em índices sorrateiros, quase silenciosos.
Os quinze minutos de Andy Warhol estão cada vez mais curtos, corroídos pela inflação de egos.
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