
A Imprensa está bufando com a Petrobrás, porque a empresa decidiu publicar num blog próprio - coisa esquisita para uma perfuradora de rocha para a obtenção de óleo e gás - as perguntas feitas pelos jornalistas e suas próprias respostas.
A Imprensa reclama da quebra de confiança entre entrevistador e entrevistado, pela revelação antecipada de conteúdo do qual ela vive.
Há algo político no ar. Não há a menor dúvida. Uma briga de gigantes: estado versus Imprensa.
Quero fazer uma considerações a respeito.
Eu já fui petista no primeiro mandato do Lula.
Depois dos sucessivos escândalos de quem se dizia restaurador da moralidade caso fosse eleito passei a ser oposição. Carlos Cachoeira, aloprados, cuecas e mensalões atrapalharam o PT nessa jornada em busca da retidão de caráter.
Eles não sabiam, pobres dos petistas.
Depois disto, como não gosto do PSDB vaidoso, do DEM leviano, do PSDB fisiológico, do PDT oportunista, do PSOL gritante, passei a opositor ao estado em geral.
Neste caso específico, tampouco tendo a achar que a Imprensa detenha os direitos das perguntas.
Imagino, numa hipótese bem hipotética, eu sendo entrevistado por um jornal.
Só poderia dizer o que respondi depois do entrevistador publicar o que eu disse?
Afinal, a quem pertence a informação neste caso?
Não é a essência das posições a do informante?
Teria algum cabimento Bob Woodward reclamar do Garganta Profunda se este resolvesse dizer a outro jornal o que dissera ao jornalista do Washington Post?
Que a Petrobrás está completamente errada, não há dúvida. Ter mais de mil jornalistas é coisa muito suspeita, ainda mais se dizendo contratante dos profissionais para ajudá-la a enfrentar a CPI que não se instala por resistência da situação (PT).
Estranho: todos errados. Este país inova todos os dias em questões de moralidade.
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