Se estão falando mal de algum coronel ao estilo dos do século XIX, que se cale a voz. Se o mau cheiro existe, que se aplique aerossóis para com ele conviver.
O episódio da censura imposta ao jornal Estado de São Paulo perpetrada pela justiça brasileira é uma tristeza.
Diz-se que vivemos numa democracia, onde o radical desta palavra tem ficado cada vez menor e o sufixo mais e mais sem sentido ao acompanhar tal tendência. Parcialmente democrático (o que é um paradoxo, pois povo é um todo) talvez o seja, quando não incomoda integrantes do estado, ele próprio um tipo de pessoa além das duas aceitas, física e jurídica.
Ou seja, se o beneficiário da denominação pertencer ao próprio estado, ah!, esses estão sob a tal 'democracia'.
O estado se considera uma pessoa, e com direitos apenas. Ao estado tudo é permitido, o que caracteriza bem um governante que tenha poderes monárquicos, absolutista.
O estado não precisa prestar contas e, como a Hidra de Lerna, tem cabeças preliminarmente em três lugares diferentes, mas espalhando - exemplarmente e liberalizante de obrigações - seus esporos germinativos por toda a União.
A anarquia não é a saída, mas o absolutismo estatal não pode também ter vez.
Se o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente, o estado brasileiro não tem como galgar mais um degrau nesta direção.
A situação é tão difícil no plano moral que tal idéia nos parece, absurdamente, um alívio.
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