O resgate de todos os 37 mineiros chilenos, (33 mineiros ativos e 4 socorristas) teve momentos de grande impacto emocional, principalmente após a expectativa da saída do primeiro deles.
Hoje, a afirmativa de que são heróis me parece exagerada.
Claro que heroísmo existiu, pois ficaram mais de duas semanas sem nenhum contato com o mundo exterior, quando precisaram tirar de suas experiências trabalhistas a calma e a prudência - além da esperança - necessárias à preservação de suas vidas. Na verdade, os mineiros confinados eram mais vítimas, que é a parte passiva dos sinistros.
Claro, são merecedores de grande admiração. Sem dúvida.
Mas, heroi, heroi mesmo, foi o primeiro mineiro que desceu na cápsula, sem nenhuma garantia de que o equipamento e a técnica iriam funcionar.
Lá se foi ele, anônimo para as massas e aos políticos de ocasião - como sempre ávidos por palanque -, solidário, intimorato, levar sua vida ao socorro das de outros.
Ao herói solitário e discreto, 37 hurras!
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